07/09/2015

Resenha: The Darkness - Last of Our Kind





















Com 15 anos de muitos altos e baixos na carreira, The Darkness, que ficaram conhecidos pelos riffs marcantes e o agudo exacerbado do Justin Hawkins, lançaram no último mês o seu quarto disco de estúdio. Intitulado "Last of Our Kind", o álbum foi gravado no estúdio do guitarrista da própria banda, Dan Hawkins, e produzido por ele mesmo. Nele ainda conta com a baterista Emily Dolan Davies, que substituiu Ed Graham. Mas, pouco tempo depois das gravações ela deixou o grupo. Após três anos do último e pouco aclamado disco, "Hot Cakes", os ingleses agora tentam consolidar de vez o seu nome nas paradas.

O disco já começa com uma de suas principais canções, Barbarian, que se remete a uma sonoridade um pouco diferente do que a banda vinha apresentando. Mas lógico, sempre mantendo a essência do quarteto Glam. A música traz referencias à cultura viking incorporadas em riffs e solos bem elaborados. O vocalista Justin Hawkins descreveu a canção de uma maneira peculiar: "não um, mas dois monólogos dramáticos, um solo de guitarra que foi declarado como 'irresponsável', um riff que enfraquece joelhos de senhoras e um refrão que faz homens crescidos cagarem diretamente em suas calças".

Open Fire, mostra o porque da faixa ser o primeiro single à tocar nas rádios. Como em quase todo o disco, a música é bem trabalhada no bom e velho Hard Rock anos 80. Canção com rítmica muito positiva e uma seriedade distinta, comparada a trabalhos anteriores da banda.
Last of Our kind, música homônima do disco, inicia-se com uma acústica de violão leve e de certa forma, remetendo-se ao som oitentista, Típico da banda. Mas no decorrer da canção, ela vai se encorpando com pitadas de guitarras bem elaboradas, enriquecendo a faixa e transformando-a em uma das mais belas do álbum.
Na roaring waters, os irmãos Hawkins mostram um poder instrumental impecável para o gênero. Com riffs fantásticos e solo simples e matador, eles fizeram um Hard rock bem trabalhado e de merecer aplausos.

Na contramão das demais, wheels of the machine, é disparada a música mais clean do disco. Ao contrário da maioria das faixas, que começam numa levada calma, e vão acelerando com o decorrer da canção, ela em todo momento mantém-se na mesma pegada.
Em Mighty Hawkins, uma ópera rock toma conta de tudo. Chega lembrar um pouco o Queen. Música bem trabalhada instrumentalmente e lógico, os agudos fervorosos predominam por grande parte.
Ainda falando em agudos, na Mudslide, os falsetes mais uma vez, dão ênfase à música, e é nela em que mais se usa este recurso. O Riff monótomo que cerca quase toda canção, dá a ligeira impressão de preguiça, em termos de arranjo.

A balada pop do disco é a Sarah O' Sarah, com uma introdução impecável de guitarra, refrão grudento e letra de um cara apaixonado ao extremo. Típico som oitentista.
Hammer and Tongs, contém riffs que parecem plágio da música "Everyboody Have A Good Time", feita pela própria banda no disco anterior. A monotonia impera na canção.
Por fim, nada melhor do que terminar o disco, com a "Epiloga", Conquerors. O tom de despedida que rodeia a canção, e principalmente a distorção final, Encerram o álbum com grande estilo. A música traz um som intimista e ótimo para um grand finale.

"Last of our King", trouxe uma The Darkness mais séria e objetiva. Ao contrário do trabalho anterior, o retrocesso, os clichês e principalmente a infantilidade, estão longe deste álbum. Disco muito bem trabalhado, com ótimas canções e uma banda amadurecida, ingredientes para consolidar qualquer artista, E com os britânicos não é diferente.


Nota: 9,0
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